SETE RAZÕES PELAS QUAIS UM CIENTISTA CRÊ EM DEUS
Primeira: Por uma determinada lei, lógica, nós podemos provar que nosso Universo foi projetado e executado por uma inteligência engenheira.
Suponha que você coloque dez moedas, marcadas de 1 a 10, dentro do seu bolso e
lhes dê uma boa sacudidela. Agora experimente pegá-las na seqüência, de 1 a 10,
pondo cada uma na sua vez e sacudindo de novo. Sabemos que, matematicamente, a
sua chance de acertar na número 1 é de uma em dez; de acertar 1 e 2 em
seqüência, é de uma em cem; de acertar 1, 2 e 3 em seqüência é de uma em mil e
assim por diante; sua chance de acertá-las todas, de 1 a 10 sucessivamente,
alcançaria o cálculo inacreditável de uma em dez bilhões.
Aqui o Dr. Cressy Morrison convida os homens a que meditem apenas em algumas
das leis que mantêm o equilibro da vida na Terra, como, por exemplo, a
velocidade com que a Terra realiza os seus movimentos de rotação e de
translação em volta de si mesma e do Sol; é sabido que ela corre com a
velocidade de cerca de 1.600 km/h, o que não é um acaso, é uma lei matemática
de equilíbrio para sustentar a vida na sua face, porquanto, diz ele, se por
acaso a Terra se movimentasse apenas com a velocidade de um décimo, ou seja,
160 km/h, a vida nela seria impossível. Isto porque os dias seriam de 120 horas
e as noites de 120 horas de sombra iriam encarregar-se de destruir pelo frio,
através da motivação dos continentes gelados. Logo, alguma coisa estabeleceu a
lei de equilíbrio, para que a Terra girasse com tal velocidade.
E prossegue o Dr. Cressy Morrison dizendo que quando nos detemos a olhar a
atmosfera, basta lembrar que ela foi programada e medida, porque se a atmosfera
da Terra fosse mais rarefeita de apenas um quilômetro, a vida no orbe seria
impossível, porquanto se sabe que caem sobre a Terra diariamente cerca de 50
milhões de aerólitos e meteoritos, que se não fosse por essa atmosfera, que
pelo atrito os rala e dissolve, a Terra seria bombardeada 50 milhões de vezes
por dia, lavrando incêndios e destruições inomináveis, e a vida na Terra seria
portanto impossível.
Bastava que o fundo do mar fosse mais profundo de 3 metros e a vida seria
impossível, porque o oxigênio do ar seria absorvido e o ácido carbônico também
seria recebido pelas águas, matando toda forma de vida, quer no seio das águas,
quer na superfície lisa; se por acaso a superfície da Terra fosse mais alta de
2 metros, o fenômeno seria oposto e a vida seria conseqüentemente impossível.
Se por acaso a distância que separa a Lua da Terra não fosse de cerca de
370.000 km, mas de apenas 70.000 km, a vida seria impossível, porque a pressão
magnética do satélite sobre os mares faria levantar ondas tão altas e
terríveis, que estas marés e preamares destruiriam totalmente a vida na Terra,
lambendo os picos mais altos do Himalaia.
Na mesma ordem de raciocínio, se a inclinação do eixo da Terra não fosse 18/24
graus, mas estivesse em uma vertical ou mudasse de posição, a vida seria
impossível, porque os gelos antárcticos escorreriam pela Terra, levando tudo de
roldão.
Desse modo, assegurou o Dr. Cressy Morrison, por essa singela lei, e por uma
série de outras leis que seria fastidiosos enumerar, eu creio em Deus, como,
por exemplo, a distância que separa a Terra do Sol – aproximadamente
150.000.000 km -, o que dá à Terra uma tépida sensação de calor, não insuficiente
nem demasiada para a sua manutenção, porque o Sol tem uma temperatura
superficial de cerca de 6.648º C. Assim, se a Terra estivesse mais próxima,
seria destruída pelo calor; se estivesse mais afastada, seria destruída pela
falta de calor, dos raios ultravioletas e infravermelhos e dos caloríficos, que
mantêm o equilíbrio metabólico na vida vegetativa.
Logo, uma inteligência matemática e superior estabeleceu as condições para a
vida na Terra e é evidente, deste e de outros exemplos, que não há uma única chance
em bilhões para que a vida no nosso planeta fosse o resultado de um acidente.
Segunda: O talento da vida para executar a sua proposta é toda a manifestação
de uma inteligência suprema.
Aqui o Dr. Cressy Morrison afirma que crê em Deus graças a uma lei singela, que
está imanente em tudo e em todos: a lei da vida. Que é a vida? Por mais que se
haja tentado definir que é a vida, as definições são todas incompletas. A
Biologia, a Filosofia têm tentado definir a vida, mas ninguém sabe o que é a
vida na sua realidade. Não obstante, a vida está em toda parte, está aqui, ali,
além alhures, em todo lugar. Mas, que é a vida? A vida é o arquiteto
maravilhoso, que ergue nas profundezas submarinas os castelos de algas e de
corais. É o extraordinário escultor, que trabalha cada folha e talhe, ramículos
e contornos jamais repetidos em qualquer outra flor ou folha encontrada na
Terra. É o paciente professor de música que ensina cada pássaro a entoar a sua
canção de amor. É o químico sublime, que dá a cada fruta o seu sabor
característico e inconfundível. É o perfumista caprichoso, que transforma o
humo em aroma. É o ser terrrível, que consegue converter água em açúcar e
madeira. Mas onde está a vida? A vida está no protoplasma. O protoplasma é uma
gota gelatinosa transparente, invisível a olho nu – uma cabeça de alfinete
comportaria cinco milhões -, mas que é atraída pelo heliotropismo, e isso é a
vida, é a grandeza da vida.Se por acaso toda a vida desaparecesse da face da
Terra – animal, vegetal, humana - e ficasse um só protoplasma e um raio de sol
dissidente, logo a vida se restabeleceria, porque através da lei da
cissiparidade esse protoplasma se bipartiria, novamente e em breve estariam os
campos e prados reverdecidos, os mares e rios povoados, a Terra povoada, na bagatela
de 10 bilhões de anos apenas. Por isso, proclama o Dr. Cressy Morrison, eu
creio em Deus.
Terceira: A sabedoria animal fala irresistivelmente de um bom Criador, que
infunde instintos a todas as suas desamparadas e pequenas criaturas.
Esta razão científica da crença do Dr. Cressy Morrison em Deus decorre da
inexplicabilidade do instinto dos animais. Sabemos como se manifesta o
instinto, mas não onde se encontra e nem como é o seu mecanismo. Mas o instinto
dos animais e o heliotropismo das plantas são tão extraordinários que dentro
das águas de muitos lagos existem duas plantas que se amam profundamente. A
planta feminina independe da planta masculina. A planta feminina é caprichosa,
como aliás tudo que é feminino é caprichoso. Quando chega a época de abrir-se
em botão, ela desprende aquele cordel vegetal que vai desenrolando-se, até
chegar à crista das águas da superfície em que a flor se abre; a planta
masculina, sabendo que está na hora da fecundação, arrebenta o pendúnculo,
porque ele é débil, e sobre, e se abre exatamente quando vento vai soprar na
direção da planta aberta feminina; o pólen é carreado, a planta feminina
absorve-o, fecha-se e volta a descer; então se multiplica na intimidade das
águas inferiores. Por que? Milagre da vida, grandeza de um instinto vegetal,
que, no reino animal, está estabelecido desde as aves, os peixes e os mais
pequeninos insetos.
No João-de-barro, que,chegando à época do acasalamento para a perpetuação da
espécie, sobe à árvore mais alta e ali ergue o seu ninho; mas antes de colocar
a porta ele trepa ao galho superior e coloca o bico na direção dos ventos, para
saber de que direção virão os ventos hibernais e poder então abrir a porta do
lado oposto ao do vendaval, a fim de preservar a sua prole. E não erra nunca, o
que mata de inveja os serviços de metereologia, que não acertam jamais. Quem e
o que ensinou o João-de-barro a produzir uma técnica de perfeição que lhe
mantém a sobrevivência?
E milagre das enguias? As enguias são peixes em forma de serpente que só se reproduzem
em água profundas e frias. Quando vão procriar elas abandonam todos os mares,
todos os lagos, todas as águas do mundo e começam a nadar na direção das águas
abissais das Bermudas. Ali elas procriam e morrem. Mas os seus filhos sabem de
onde vieram seus pais. Fazem a viagem de volta e vão habitar as águas de onde
vieram seus ancestrais. Os piscicultores e pescadores atestam que jamais
encontraram extraviadas enguias americanas em água européias e vice-versa. Mas
a lei foi tão caprichosa que estabeleceu para a enguia européia um atraso de
maturação da fecundação de um ano, porque as Bermudas estão mais longe da
Europa do que da América e elas devem se encontrar na mesma oportunidade em que
as águas estejam necessariamente frias para procriarem. A lei retarda um ano,
que é o tempo que elas gastam, as européias, para chegarem às Bermudas quando
chegam suas irmãs americanas.
Mas a vespa é muito mais fácil na manutenção do seu instinto, porque ela sabe
que quando vai procriar também vai morrer. Ela colocar os ovos numa furna e
sabe que os seus descendentes já nascem adultos, porque todo inseto já nasce
adulto. E eles só poderão sobreviver se comerem carne, carne viva. Então a
vespa faz uma viagem até encontrar um gafanhoto; aplica-lhe um golpe que o torna
hibernando; deixa-o paralisado, porém vivo. Carrega-o e coloca junto aos seus
ovos. Nenhum entomologista e nenhum anestesista conseguiram até hoje fazer a
aplicação paralisante no nervo do gafanhoto, que o imobiliza, porque às vezes
aplicam veneno demais e matam o “paciente”, ou aplicam de menos e o “paciente”
não se deixa devorar. Mas a vespa sabe. Sai dali e morre. Quando os ovos se
arrebentam e as pequeninas vespas começam a comer com voracidade, o gafanhoto
sobrevive, porque elas se alimentam das partes não vitais, pois sabem que se
matarem o gafanhoto e comerem carne podre morrem também. Que técnica é essa?
Instinto é uma palavra que não diz nada convencional. É uma lei, que
estabeleceu científica e matematicamente o equilíbrio da flora e da fauna na face
da Terra.
Quarta: O homem tem alguma coisa mais do que um instinto animal – o poder da
razão.
Neste ponto, o Dr. Cressy Morrison assegura que crê em Deus por causa da razão.
Ocorre que o instinto é uma nota monótona, que se repete sempre a mesma, sempre
igual. Mas a razão são as sete notas musicais, é a pauta, é a sinfonia, é o
canto melódico. Através da razão pode o homem entender Deus e contemplar a
possibildade de ser o que é somente porque recebemos uma centelha da
Inteligência Universal.
Quinta: A provisão para toda vida é revelada na fenomenal maravilha dos genes.
Os genes habitam cada célula viva e são a chave de todos os caracteres humanos
e vegetais. Pois, bem se todos esse minúsculos genes, responsáveis pela vida de
todas as pessoas do mundo, pudessem ser colocados em apens um lugar, eles não
encheriam um simples dedal, que seria suficiente para armazenar toda a herança
genética individual de bilhões de seres humanos. Estes fatos são
inquestionáveis.
É aqui que realmente a evolução começa - na célula, uma entidade minúscula que
guarda e cuida dos genes. Esse microscópico gene pode ditar absolutamente a
regra da vida na Terra. É um exemplo incontestável de profunda sutileza e
providência, que somente poderia emanar de uma Inteligência Criativa; nenhuma
outra hipótese servirá.
Sexta: Pela economia da Natureza, somos forçados a perceber que somente uma
sabedoria infinita poderia ter previsto e preparado com tamanha prudência
administrativa.
Creio em Deus, assevera aqui o Dr. Cressy Morrison, por causa de uma lei de
equilíbrio que existe nas coisas. E elucida. Os australianos desejavam plantar
nas suas terras inóspitas verdadeiros seminários e simultaneamente torná-las
agrícolas. Mas, como os ventos alísios perpassavam e destruíam as plantações,
ocorreu-lhes fazer sebes protetoras. E importaram, sem nenhum cuidado ecológico
prévio, determinadas plantas para que elas fizessem paredes contra os ventos.
Imediatamente viram o enorme equívoco em que incorreram, porque na Austrália
não havia insetos inimigos daquelas plantas. E as plantas começaram a
multiplicar-se. Dez anos depois haviam roubado uma área maior do que a das
ilhas britânicas.Foi dado o alarme internacional. Usaram tratores,
lança-chamas, herbicidas e as plantas continuavam multiplicando-se, expulsando
lavradores, fechando aldeias, interrompendo cidades.
Nesse momento houve um congresso em Sidney e entomologistas do mundo inteiro
foram ao congresso estabelecer como salvar a Austrália. Depois de oito dias de
discussão chegaram à conclusão da lei natural, de que o equilíbrio ecológico é
mantido entre vegetais e animais através de uma lei desconhecida. Para salvar a
Austrália daquelas plantas, seria necessário que se encontrasse um inseto que,
além de gostar especialmente daquela planta, ainda se multiplicasse muito, para
que em pouco tempo terminasse com a invasão botânica.
Depois de procurar, e muito, chegaram à conclusão de que existia um tipo
específico de besouro e que realmente seria um besouro famélico e facilmente
reprodutível. Pesquisando no mundo inteiro, encontraram os tais besouros na
Amazônia. Eram besouros famintos e que procriavam como somente a fome consegue
explicar. Levaram os besouros amazonenses, jogaram sobre as plantas e ficaram
aguardando.As plantas começaram a desaparecer e os besouros a se multiplicarem.
Veio então o caos oposto: as plantas estavam se acabando e o que iriam fazer
com os besouros brasileiros? Nesse momento a lei funcionou, pois na razão
direta em que diminuíam as plantas, diminuíam os besouros, ficando besouros
para plantas e plantas para besouros, mantendo a lei do equilíbrio ecológico,
esta lei que nos permite viver na Terra, porque existem classificadas, já, mais
de 750 mil famílias de insetos. E todos sabemos que os insetos respiram através
de tubos, porém na medida em que eles crescem os tubos não crescem, o que
mantém o equilíbrio, porque eles morrem por falta de cubagem de ar. Mas isso
não é um acaso,pois do contrário poderíamos encontrar pulgas e moscas com
corpos de dromedários e paquidermes, tornando absolutamente impossível a vida
na face da Terra.
Sétima: O fato de que o homem pode conceber a idéia de Deus já é, por si mesmo,
a grande prova da existência de Deus.
Creio em Deus, por fim, proclama o Dr. Cressy Morrison, pela imaginação, porque
só através da imaginação é que o homem pode conceber Deus. Como diz o salmista
Davi, no canto 19, versículo 1 dos Salmos: “Cantam os céus a glória de Deus e o
firmamento proclama a obra das suas mãos”.
É evidente. Numa noite tranqüila, de céu transparente e estrelado, quem desejar
entender Deus faça uma viagem solitária por uma via erma, olhando a grandeza da
escumilha celeste. E dirá, entusiasmado: “Senhor, eu vejo milhões de astros que
brilham!” E cometerá o seu primeiro engano, porque somente se enxerga a olho nu
5 mil estrelas. Ou melhor, 2.500, porque as outras 2.500 estarão do outro lado
do planeta, onde será dia. Quem duvidar, pode conferir! Mas se usar de um
binóculo poderá ver 15 mil estrelas; se usar de um telescópio doméstico poderá
ver 150 mil estrelas e se for olhar do telescópio de Monte Palomar poderá ver
30 milhões de estrelas em nossa Via Láctea.
Cantando as glórias de Deus!
E o homem emocionado, irá ao observatório de rádio-astronomia da Alemanha e
saberá que a nossa Via Láctea tem mais de 100 bilhões de estrelas. E saberá
também que é uma galáxia subdesenvolvida, porque existem trilhões de galáxias
maiores do que a nossa.
Cantando as glórias de Deus!
E o homem poderá dizer a idade, poderá dizer a intensidade da luz que lhe
revela a evolução e a decomposição estelar, porque, dizem os poetas, as
estrelas são como as mulheres, quando jovens, tendo como por exemplo, na Espiga
da Vigem, 11 mil graus centígrados, elas são brilhantes, brancas, esfuziantes,
mas, como o Sol, uma estrela de quinta grandeza, tornam-se amarelas e mais
adiante vermelhas, em pleno crepúsculo.
E o homem, entusiasmado, olhará em volta de si e compreenderá que a Via Láctea,
conforme pregava Sir James Jeans, astrônomo inglês, poderia ser considerada um
arco de carruagem; se o homem saísse da Terra, marchando na mesma direção da
velocidade da luz, gastaria, para chegar ao arco da carruagem, 25 séculos,
atravessando apenas a sua modesta e pequenina Via Láctea.
Então vem uma sensação de infinito, de grandeza de Deus que comove, e o homem,
imediatamente, olhando toda essa grandiosidade, começará a compreender as
distâncias. A luz do Sol, viajando a uma velocidade de cerca de 300.000 km/s,
chega até nós aproximadamente 7 minutos e 8 segundos depois de ter partido de
lá. Ele olha adiante e se deslumbra com a Alpha de Hércules. Mas Alpha de
Hércules é uma estrela tão grande, que se ela fosse colocada no nosso sistema
solar, no lugar do sol, tomaria o volume do próprio Sol, e ainda os planetas
Mercúrio, Vênus, Terra e Marte caberiam dentro dela, porque ela é cerca de
80mil vezes maior do que o Sol.
Cantando as glórias de Deus!
E o homem olha e começa a medir. Terá que acompanhar novas descobertas da
Ciência. Apenas nos anos 80, materializaram-se nos poderosos instrumentos dos
pesquisadores estrelas de neutros tão massivas, que uma partícula delas, do
tamanho de uma laranja, tem a massa estimada para a Terra, que é de 5
sextilhões e 883 quintilhões de toneladas! Foram detectados quasares, os corpos
mais antigos e brilhantes do Universo, que somente podem ser observados em toda
a sua plenitude através da associação de vários radiotelescópios postados em
diferentes pontos do planeta. Um quasar chega a ter uma radiação 300 bilhões de
vezes mais potente que a do sol, mas o seu sinal é muito débil, porque a sua
luz vem varando os espaços há mais de 15 bilhões de anos-luz para chegar até
nós!
E ao determo-nos em tal contemplação, saberemos que o Sol está caminhando para
a morte. É que o nosso astro-rei, para manter em órbita os planetas Mercúrio,
Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão, converte
centenas de milhões de toneladas de matéria em energia por segundo, de forma
que quando o sol não puder manter mais,virá o desequilíbrio gravitacional. Mas
não há motivo para nenhum tipo de pânico, porque, de acordo com o cálculo dos
astrônomos, isto somente acontecerá daqui a bilhões de anos!
Cantando as glórias de Deus!
Do macrocosmo, aquele viajante solitário da erma estrada pára e leva a língua
ao véu palatino. O palato móvel se ergue, ele trava em seco e Deus abandona a
galáxia para vir para dentro da sua boca, através das papilas da língua: 5
milhões de corpúsculos gustativos, para lhe dar a sensação de quente, de frio,
de doce e salgado.
Ele leva a mão à cabeça e dezenas de bilhões de neurônios cerebrais,
encarregados da memória e de mandar a mensagem elétrica e ao mesmo tempo
química, para imprimir nas telas e nos recônditos da alma as impressões
percebidas pelos sentidos, estão no seu circuito perfeito.
Então ele se agita, e o mais perfeito circuito do mundo está dentro dele mesmo:
o aparelho circulatório, que mede oscilantemente de 95 mil a 160 mil
quilômetros de veias, vasos e artérias. Cantando as glórias de Deus! E é um
aparelho auto-suficiente, porque ele elabora as energias e substâncias de que
tem necessidade: leucócitos e hemácias. Se o indivíduo toma uma picada de
alfinete, destrói milhares de capilares, e outros milhares de capilares correm
para o lugar; se ele toma um talhe e vem a hemorragia, imediatamente os capilares
dão-se as mãos, atiram uma camada de fibrina como se fosse um coágulo tampão de
algodão para salvar-lhe a vida, porque senão se esvairia em sangue, como no
caso dos hemofílicos, que não têm tal defesa.
Cantando as glórias de Deus!
Ele começa a pensar num acepipe, uma comida saborosa. Imediatamente 30 milhões
de glândulas, só do estômago, começam a prepara o suco gástrico; ele pensa num
bife gaúcho, ou naquele admirável churrasco rodante, que cada hora vem uma
coisa e o estômago já sabe que as carnes piores vêm primeiro e as últimas só
virão quando ele não agüentar mais. Então, imediatamente ele começa a prepara o
suco gástrico. Porém se o indivíduo é um glutão, ele pensa imediatamente numa
companhia; ele pensa em tomar um aperitivo e o estômago se prepara. Mas ele
adora tortas e o estômago se prepara. Ele vai levando o bolo alimentar aos
lábios e já está na papila da língua a enzima ptialina, encarregada pela
digestão bucal. Quando ele vai levando o alimento, a enzima está preparada para
a digestão, ele diz: “Não; não é isto que eu quero”. Devolve e pega outra
coisa. Pobres das glândulas”. Jogam a substância fora e preparam outra. E se
ele resolve comer uma salda de frutas ou de legumes, o estômago vê e prepara a
reação, até quando não agüenta mais e lhe dá uma indigestão educativa”
Cantando as glórias de Deus!
E as glândulas supra-renais, mantendo o humor pela distribuição da adrenalina?
E os rins? 106 quilômetros de veias,vasos e artérias para fazer o milagre do
filtrado de sangue. As bombas pulmonares, filtrando a poluição com que o
próprio homem destrói o seu ambiente de vida? E a bomba cardíaca, pulsando
desde a vida pré-natal, na intimidade do útero materno, até o último instante,
quando se dá a morte clínica e vem a degenerescência celular por falta de
oxigenação do cérebro.
Cantando as glórias de Deus!
O aparelho genésico, a fonte da procriação, o santuário da espécie, que o homem
enxovalha e conspurca perturbado pela sensação. Toda a aparelhagem endócrina. O
timo e seus derivados.
Cantando as glórias de Deus!
A dor realmente espalhou-se pela face da Terra, mas isto aconteceu porque o
homem voltou-se para dentro de si mesmo e fez-se egoísta.
Presidente da Academia de Ciências de New York
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