Nota: Esta mensagem, consta do Livro Instruções psicofônicas (Chico Xavier), transmitida em 02/06/1955, em Pedro Leopoldo, e também psicograficamente, por quê? - A equipe de trabalho gravava as mensagens, porém o gravador enguiçou. Todos ficaram tristes por perderem a instrução do benfeitor ilustre. O grupo se dispersou, permanecendo apenas algumas pessoas e depois de cerca de uma hora, o espírito amigo José Xavier, se fez presente ao Chico e disse que se reunissem e aguardasse porque ele e a Meimei haviam gravado, que ela comandaria o gravador e ele iria ditando a pontuação para melhor serviço. E assim através da psicografia do Chico foi recuperada a mensagem.
Meus amigos, que o amparo de Nossa Mãe
Santíssima nos agasalhe e ilumine os corações.
Cristo, no centro da edificação
espírita, é o básico para quantos esposaram em nossa Doutrina o ideal de uma
vida mais pura e mais ampla.
Confrange a quantos já descerraram os
olhos para a verdade eterna, além da morte, o culto da irresponsabilidade a que
muitos de nossos companheiros se devotam, seja na dúvida sistemática ou na
acomodação com os processos inferiores da experiência humana, quando o Espiritismo
traduz retorno ao Cristianismo puro e atuante, presidindo à renovação da Terra.
Com todo o nosso respeito a pesquisa
enobrecedora, cremos seja agora obsoleto qualquer indagação acerca da
sobrevivência da alma por parte daqueles que já receberam o conhecimento
doutrinário, porque semelhante conhecimento é precisamente o selo sagrado de
nossos compromissos diante do Senhor.
Há mais de dez milênios, nos templos do
alto Egito e da antiga Etiópia, os fenômenos mediúnicos eram simples e
correntios; entre Assírios e Caldeus de épocas remotíssimas, praticava-se a
desobsessão com alicerces no esclarecimento dos Espíritos infelizes; precedendo
a antiguidade clássica, Zoroastro, na Pérsia, recebia visitação de mensageiros
celestiais e, também antes da era cristã, na velha China, a mediunidade era
desenvolvida com a colaboração da música e da prece.
Mas o intercâmbio com os desencarnados,
excetuando-se os elevados ensinamentos nos santuários, guardava a função
oracular do magismo, entremeando-se nos problemas corriqueiros da vida
material, fosse entre guerreiros e filósofos, mulheres e comerciantes, senhores
e escravos, nobres e plebeus.
É que a mente do povo em Tébas e
Babilônia, Persépolis e Nanquim, não contavam com o esplendor da Estrela Magna
– Nosso Senhor Jesus Cristo-, cujo reino de amor vem sendo levantado entre os
homens.
Na atualidade, porém, o Evangelho
brilha na cultura mundial, ao alcance de todas as consciências, cabendo-nos
simplesmente o dever de anexá-lo à própria vida.
Espiritas! Com Allan Kardec, retomastes
o facho resplendente da Boa Nova, que jazia eclipsado nas sombras da Idade Média.
Compreendamos nossa missão de obreiros
da luz, cooperando com o Senhor na construção do mundo novo.
Não ignorais que a civilização de hoje
é um grande barco sob a tempestade... Mas, enquanto mastros tombam oscilantes
vigas mestras, aos gritos da equipagem desarvorada, ante a metralha que
incendeia a noite moral do mundo, Cristo está no leme!
Servindo-o, pois, infatigavelmente,
repitamos, confortados e felizes:
Cristo ontem, Cristo hoje, Cristo
amanhã!...
Louvado seja o Cristo de Deus!!
Bitencourt Sampaio
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